08 agosto 2015

Meus escritos favoritos do Poem a day

1 comentários


O PH Poem a day é um projeto organizado pela Chanice Magalhães do Perhappiness, e do qual eu participei durante o mês de junho. Ele se resume basicamente á um desafio de escrita: durante um mês, onde á cada dia você tem um tema para desenvolver escrevendo da maneira que achar melhor. Eu participei durante junho como disse acima, e decidi compartilhar com vocês meus escritos favoritos do projeto (ieeei):

Ta tudo cinza, sabe?
Dizem que cinza é a cor da depressão.
Dias cinzas me deprimem.
Sabe-se lá se isso é um sinal ou não.
Só sei que ta cinza.
O céu ta cinza.
A vida ta cinza.
As cinzas de tão cinzas, já viraram cinzas.
Penso em virar uma velha ranzinza.
Só não posso;
Acabar nas cinzas.
Pensei em comprar uma caixa de giz de cera.
Colorir a minha vida, sair do cinza, e o que sobrar...
Fica de arco-íris pra mim.
A vida anda cinza, mas os tons não são 50.
Quem me dera, ter alguém me aguenta.
Aguentando ou não, no cinza continuo.
Pulo cerca, pulo muro.
Do cinza corro tentando fugir.
Se um dia conseguir, bom, eu te aviso.
Só por favor, não acinzenta mais ainda essa cidade cinza.
E joga minhas cinzas no mar.
Junto com uma caixa de lápis pra no deep sea eu pintar. #OCinza

"Me libera. Me forneça a eutanásia dos meus sentimentos por você. Me deixa observar uma figura semelhante a ti. E não querer te ver. O moço no ônibus. Ele dança. Veste blusa parecia com a tua. A daquela foto que eu tanto adoro. Vermelha e azul, listrado. Tem o mesmo sorriso singelo e (des)preocupado. Anda sempre acompanhado, mas nunca ao meu lado..." #AEutanasia

Um lirio
Dois lírios
De lírios
Delírio
Deliro
Dedilho
Sorrio
Disfarço
Caminho
Um lirio
Caio
Corro
Piso
Deliro
Se é flor ou delírio
Já não sei
Só sigo
(E deliro) #ODelírio

"Faço um brigadeiro. Leite moça, três colheres de Nescau (uma de chorinho porque sou exagerada), duas de manteiga, mexe bem, espera borbulhar, despeja na travessa. Come. Está quente, queimo a boca. Decido deixar esfriar. Procuro o notebook, abro o Netflix. Abro o Filmow, procuro listas de filmes: “filmes para acreditar no amor”. Escolho rever Boa Sorte. Aquele com a Deborah Secco. Aquele em que ela tem AIDS, e que em como na maioria das desilusões amorosas, você sabe que nadapode dar certo no final, mas mesmo assim opta por se encher de falsas esperanças e quebrar a cara. Deito na cama, coloco o notebook no colo, e a travessa com brigadeiro ao meu lado. Aperto o play. Duas horas se passam, a travessa de doce agora está vazia, com apenas a colher sobre ela. Um rolo de papel higiênico acabado, com o interior cheio de bolinhas de papel catarrento se encontra do outro lado. E assim, mais uma vez (mesmo depois de meses da desilusão), vou tentando varrer os estilhaços, e juntar os cacos do vidro do meu amor próprio que você quebrou." #OsEstilhaços

Esse post faz parte do BEDA, Blog Every Day April, saiba mais: Rotaroots.

Um comentário:

  1. Não acredito que ainda não conferi Boa Sorte, todos elogiaram mil a atuação da Secco. Mandou muito bem nos textos, Midrão. Podia botar uns desses pra jogo de vez em quando independentemente do projeto, hein?

    PS: Bom saber que a senhora é Aquário com Áries, inclusive te mandei um salve no meu último post astrológico *-* AHhahaah

    Beijo ;*

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